Crosby, Stills, Nash & Young - Deja Vu (1970)
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Crosby, Stills, Nash & Young - Deja Vu (1970)Com certeza um dos maoires e mais influentes supergrupos da história da música, o assim simplificado CSNY surgiu das cinzas do folk rock sessentista de bandas como The Byrds, The Hollies e Buffalo Springfield, três nomes que consolidaram o estilo em maior e menor o escala e sintetizaram o espírito de uma década cheia de ideais e que continuaram acompanhando o desenrolar dos fatos com uma musicalidade sempre impressionante. David Crosby (do Byrds) e Stephens Stills (dos Hollies) junto com os remanescentes do Buffalo, Graham Nash e o lendário e genial membro honorário (já que nem sempre participa ativamente da banda) Neil Young construíram uma carreira cheio de tumultos pessoais, abuso de substâncias, ativismo político, e o mais importante, música da maior qualidade. Este seu segundo disco é, muito provavelmente, a melhor e mais concisa obra prima que saiu das cabeças, dedos e vozes dessas quatro cabeças tão admiráveis. Nota-se todo o cuidado com as harmonias vocais, o grande trabalho com as melodias e a preocupação com assuntos que estavam em conexão direto com o seu tempo. Fica até difícil destacar alguma música em particular, porque diabos, todas beiram a perfeição, exibindo um talento, um refinamento e uma riqueza notório naqueles supergrupos onde todos contribuem com uma química e um entrosamento incríveis. Fica, então, o convite para ouvir um dos grandes discos de todos os tempos. As referências e a importância de cada músico, individual e coletivamente tornam a audição mais do que obrigatória e irresistível.
01. Carry On
02. Teach Your Children
03. Almost Cut My Hair
04. Helpless
05. Woodstock
06. Deja Vu
07. Our House
08. 4+20
09. Country Girl
10. Everybody Love You
Membros: David Crosby - Vocal, guitarra
Stephen Still - Vocal, guitarra, baixo, teclados
Graham Nash - Vocal, guitarra, teclado
Neil Young - Vocal, guitarra, teclado, gaita
Músicos convidados:Greg Reeves - Baixo, percussão
Dallas Taylor - Bateria, percussão
Jerry Garcia - Guitarra com pedal steel em "Teach Your Children" e "Helpless"
John Sebastian - Gaita em "Deja Vu"
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Bright Eyes - Every Day and Every Night (1999)
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Bright Eyes - Every Day and Every Night (1999)Conor Oberst, chamado de prodígio pela crítica, começou sua carreira músical aos 13 anos, já esteve em quatro bandas diferentes, incluindo o Bright Eyes, além de sua carreira solo bem aclamada. Every Day and Every Night é o segundo EP da banda contendo ótimas músicas como "A Line Allows Progress, a Circle Does Not" e "A Perfect Sonnet". Conor é um poeta que merece ser apreciado por todos os que possuem bom gosto. Consegue abrangir vários tipos de fãs, desde os que gostam de Elliott Smith e até os que preferem Bob Dylan. Bom proveito.
01. A Line Allows Progress, a Circle Does Not
02. A Perfect Sonnet
03. On My Way to Work
04. A New Arrangement
05. Neely O'Hara
Membros:Conor Oberst – Guitarra, Vocal, Sampler, Teclados, Baixo, Letras
Eric Bemberger – Guitarra
Tim Kasher – Backing Vocal
Joe Knapp – Bataria, Percussão, Vocal
Matt Maginn – Baixo
AJ Mogis – Piano, Produção
Mike Mogis – Orgão, Pedal steel, Vibrafone, Teclados, Percussão, Produção
Angelina Mullikin – Violino
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John Lennon - John Lennon/Plastic Ono Band (1970)
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
John Lennon - John Lennon/Plastic Ono Band (1970)Conturbados, o final dos anos sessenta e início dos setenta. Morreram alguns dos maiores ícones do Rock And Roll, ocorreu o trágico festival de Altamont, a banda de maior popularidade da história acabou, as idéias e ideais pacifistas desaguaram em vício em drogas, hedonismo, revolta e pessimismo. E mesmo sem seus companheiros dos anos sessenta, John Lennon resolveu que continuaria ativo musical e politicamente. Mas como grande artista que era, seu disco de estréia - acompanhado da banda formada por sua mulher, Yoko Ono - levou tudo um pouco além de simples protesto ou documento ideológico. Também é um atestado extremamente pessoal - até a mais política de todas, a clássica "Working Class Hero", vai muito além da panfletagem política, sendo na verdade uma música tão consciente do mundo e do seu papel como artista que só poderia ter sido escrito pelo mesmo homem que escreveu "Revolution". Há também a extremamente pessoal e freudiana "Mother", a polêmica "God", que em Deus, Beatles, Elvis ou coisa alguma, apenas nele e em Yoko - e ainda entrega que "o sonho acabou". Um disco que só poderia ser feito pelo mais roqueiro dentre os quatro Beatles - diferente do senso mais pop de Paul McCartney ou do apreço pelo inusitado, exótico e experimental de George Harrison. Talvez identificado com isso, o ex-companheiro de banda Ringo dá as caras por aqui fazendo o que o consagrou de forma como sempre eficente e precisa. Um disco sincero, cheio de letras corajosas, pessoais e sentimentais, com alguns riffs matadores de guitarra, linhas de piano bonitas e envolventes, uma cozinha pra lá de bem resolvida, além de, é claro, a eterna voz de Lennon, indo das mais doces vocalizações aos trinados mais loucos, roucos e rasgados. Um disco digno de um dos maiores e melhores gênios da música pop.
01. Mother
02. Hold On
03. I Found Out
04. Working Class Hero
05. Isolation
06. Remember
07. Love
08. Well Well Well
09. God
10. My Mummy's Dead
Membros:John Lennon - Vocal, guitarra, piano, teclado, produção
Klaus Voormann - Baixo
Ringo Starr - Bateria
Billy Preston - Piano em "God"
Phil Spector - Piano em "Love", produção
Alan White - Bateria e percussão
Yoko Ono -Produção
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The Flying Burrito Brothers - The Gilded Palace of Sin (1969)
sábado, 7 de fevereiro de 2009
The Flying Burrito Brothers - The Gilded Palace of Sin (1969)Quando no final da década de sessenta Keith Richards voltou a ouvir country frequentemente assim como o fizera em sua adolescência, trazendo para os primeiros discos pós-Brian Jones uma sonoridade mais country agregada ao blues e R&B da banda, não foi do nada. Grande influência partiu do seu amigo Gram Parsons, egresso das bandas folk-rock Buffalo Springfield e The Byrds, que naquele ano terminal da década mais contracultural da história queria tentar algo diferente: juntando alguns parceiros musicais, resolveu temperar seu rock com música de caubói. Nascia assia o The Flying Burrito Brothers, um dos pioneiros do country-rock. E assim que debutaram, gozaram de uma recepção excelente, graças à despretensão e espontaneidade mescladas a countrys agressivos e animadíssimos e baladas tão simples e intimistas que quase parecem ter saído do interiorzão dos EUA, não fosse pela aura chapada e moderna (para a época) que permeia todo o trabalho, notadamente nos vocais e também pelos solos blueseiros cheios de tesão. O resultado final só poderia ter saído das mãos de um amigo com um nível de talento comparável a de Keith: sincero, honesto, boêmio e com talento para criar melodias fora de série. O resultado final é uma obra com coesão química assustadora.
01. Christine's Tune (a.K.a. Devil in Disguise)
02. Sin City
03. Do Right Woman, Do Right Man
04. Dark End of Street
05. My Uncle
06. Wheels
07. Suanita
08. Hot Burrito Nº 1
09. Hot Burrito Nº 2
10. Do You Know How It Feels (To Be Lonesome)
11. Hippie Boy
Membros:Gram Parsons - Vocal, guitarra, piano, órgão
Chris Hillman - Gaita, vocal, guitarra, mandolim
Sneaky Pete Kleinow - Guitarra
Chris Ethridge - Baixo, piano
Jon Corneal, Popeye Philips, Eddie Hoh, Sam Goldstein - Bateria
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Jarvis Cocker - Jarvis (2006)
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Jarvis Cocker - Jarvis (2006)Não só de Oasis e Blur vivia o mundo britpop noventista pós-Stone Roses e Happy Mondays. Além do Supergrass, do Suede e do Placebo, havia também o Pulp, daonde saiu a mente admiravelmente criativa de Jarvis Cocker, que aqui estreou com um disco completo pela primeira vez fora do seu grupo de origem, já que antes limitava-se apenas em aparições em discos de outros artistas, tributos e coletâneas. Mesmo não diferindo extremamente do Pulp (tem até membros em comum!), Jarvis soube encher o seu som de novas texturas às suas influências já admitidas e reconhecidas de Serge Gainsbourg e Leonard Cohen. De um experimentalismo cuidadoso que evita repetir aquele som quase etéreo de sua banda. Aqui desdobra-se entre baladas, rocks da pesada, pop acessível, mas tudo feito atento perfeccionismo. O resultado final é um disco que atira pra mais de um lado, permite-se a viajar em músicas que tinham tudo para ser convencionais, caso não tivesse o dedo de Cocker, adicionando vários instrumentos não usuais no rock, fazendo a música singular e única. Mas em suas mãos, o pop é felizmente subvertido para algo além da mediocridade dos dias atuais e tornando-se uma arte igualmente acessível e alternativa. Se é paradoxo ou charme, só Jarvis pra saber.
01. Loss Adjuster (Excerpt, Pt. 1)
02. Don't Let Him Waste Your Time
03. Black Magic
04. Heavy Weather
05. I Will Kill Again
06. Baby's Coming Back To Me
07. Fat Children
08. From A to I
09. Disney Time
10. Tonite
11. Big Julie
12. Loss Adjuster (Excerpt, Pt. 2)
13. Quantum Theory/ Running The World (faixa escondida)
Membros:Jarvis Cocker - Vocal, guitarra, sintetizador, piano, percussão, baixo, órgão, mellotron, vibrafone, glockenspiel
Richard Hawley - Guitarra, harpa, backing vocal, piano, percussão, vibrafone
Steve Mackey - Baixo, guitarra, vibrafone
Ross Orton - Bateria, tímpano, percussão, guitarra
Músicos convidados:Jason Buckle - Teclado, sintetizador
Antony Genn - Backing vocal
Richard B Humphries - Storm Recording
Alasdair Malloy - Percussão, conga, arranjo da percussão, marimba, glockenspiel
Martin Slattery - Piano, saxofone
Graham Sutton - Arranjo de cordas, teclados
Variados músicos - Violinos, violas, violoncelos, contrabaixo, coro
Myspace de Jarvis CockerPara baixar, clique
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Aerosmith - Night In The Ruts (1979)
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Aerosmith - Night In The Ruts (1979)O Aerosmith é uma das principais bandas do Hard Rock mundial. Em mais de 35 anos de carreira, o grupo vendeu mais de 150 milhões de discos, fez uma coleção de prêmios e conquistou uma legião de fãs devotos.
Portanto, não farei nenhuma introdução sobre eles. No meio da gravação do "Night in the Ruts", o guitarrista Joe Perry deixou a banda e o restante das músicas foi gravado com Brad Whitford, Richie Supa, Neil Thompson, e Jimmy Crespo (que substituiu Perry de 1979 até 1984). Devido à fase conturbada, o "Night in the Ruts" foi um imediato fracasso de vendas, somente alcançando um único disco de platina em 1994. O disco traz três covers, “
Remember (Walking in the Sand)”, “
Think about it” e “
Reefer Head Woman” e dois clipes, "
No Surprize" e "
Chiquita" que, obviamente, nunca eram passados na TV. O título é um trocadilho com a frase "
right in the nuts", com a qual foi nomeada a turnê.
Esse álbum é, de longe, o mais injustiçado da banda, pelo descaso e reconhecimento quase nulo. O abandono repentino de Perry não afetou as guitarras, que trazem riffs energéticos, não tão agressivos como no seu antecessor, mas com linhas irresistíveis; o vocal denso de Tyler soa mais limpo, o baixo de Hamilton é sólido e poderoso, um complemento perfeito para a bateria descompromissada de Kramer. A variedade de estilos e emoções encontrada nesse álbum é o ponto mais alto, surpreende a cada troca de faixa, coisa que o Aerosmith sabe fazer, e te faz viajar em cada melodia, em cada verso cantado. Não é um álbum que costuma agradar à primeira audição, mas não pense duas vezes em dar uma chance pra ele mostrar seu potencial.
01. "No Surprize" – 4:25
02. "Chiquita" – 4:24
03. "Remember (Walking in the Sand)" (
Shadow Morton) – 4:03
04. "Cheese Cake" – 4:15
05. "Three Mile Smile"– 3:40
06. "Reefer Head Woman" (
J. Bennett, Jazz Gillum, Lester Melrose) – 4:03
07. "Bone to Bone (Coney Island White Fish Boy)" – 2:58
08. "Think About It" (
Keith Relf, Jimmy Page, Jim McCarty) – 3:31
09. "Mia"– 4:15
MembrosTom Hamilton - baixo
Joey Kramer - bateria
Joe Perry - guitarra
Steven Tyler - vocal, harmonica, percussão, teclado
Brad Whitford - guitarra
Músicos convidadosLouis del Gatto - saxofone barítono
Lou Marini - sax barítono, sax tenor
Barry Rogers - trombone, sax tenor
Neil Thompson - guitarra
George Young - trompa, sax alto
Richie Supa - guitarra adicional (sem créditos) em "
Mia"
Jimmy Crespo - solo de guitara em "
Three Mile Smile"
Site oficial do Aerosmith•
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Cream - Disraeli Gears (1967)
Cream - Disraeli Gears (1967)Antes dos Beatles chutarem o pau da barraca com "Helter Skelter" e "Yer Blues"... Antes do Led Zeppelin e do Black Sabbath explorarem ao máximo o encontro entre blues, jazz, rock e distorção... Antes do Yes fazer aqueles shows megalomaníacos com improvisos demoradíssimos... Enfim, antes de um monte de gente... um dos maiores power-trios e supergrupos que já existiram, o Cream, nome escolihdo muito bem para representar o propósito da banda: ser o
crème de la crème do rock. E o deus das seis cordas, Eric Clapton, e seus comparsas igualmente geniais, Jack Bruce e Ginger Baker, cravaram esta que é uma das obras mais únicas, marcantes e originais do rock psicodélico, "Disraeli Gears", lançada em pleno ano do ácido e do estouro das revoluções contraculturais, 1967. Igualmente chapadaço feito a capa, o som era de um cuidado, uma inventividade e um poder incrível; temos um dos melhores e mais copiados riffs de guitarra de todos os tempos, em "Sunshine Of Your Love"; a sensualíssima "Strange Brew"; a alucinada e nonsense "Swlabr"; a dramática "Tales Of Brave Ulysses"; e muitas outras que fizeram do Cream um dos pioneiros do heavy metal e do hard rock ao lado do Jimi Hendrix Experience. Não tem muito segredo; coloque o volume no máximo, feche os olhos, ouça o primeiro acorde dos muitos que virão e
have a nice trip.
01. Strange Brew
02. Sunshine Of Your Love
03. World of Pain
04. Dance The Night Away
05. Blue Condition
06. Tales Of Brave Ulysses
07. Swlabr
08. We're Going Wrong
09. Outside Woman Blues
10. Take It Back
11. Mother's Lament
Membros:Eric Clapton - Guitarra, vocal, backing vocal
Jack Bruce - Baixo, gaita, vocal principal
Ginger Baker - Bateria, percussão, backing vocal
Site oficial do CreamPara baixar, clique
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*Sugestão de KatrinaMarcadores: Blues, Brit Rock, Hard Rock, Psychedelic Rock, Vincent
The Cramps - Songs The Lord Taught Us (1979)
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
The Cramps - Songs The Lord Taught Us (1979)Em pleno auge da era punk, em que os Ramones cruzavam os Estados Unidos e o oceano para espalhar sua rebeldia adolescente, que os Sex Pistols e o The Clash formavam a frente britânica que mandava a Rainha tomar naquele famoso orifício, e pipocavam bandas e mais bandas da blank generation e do punk inglês, surgiu lá na Califórnia uma das bandas mais prolíficas e duradouras da "geração CBGB's", os The Cramps - isso aí, seu inglês não falhou: é a palavra anglo-saxã para os "chatos", ou "piolhos do saco". Mesclando a agressividade do punk com uma verdadeira obsessão pelo rockabilly cinquentista, a banda foi considerada uma renovadora do rock de garagem e inspirou uma nova vertente punk: com suas roupas de couro ou simplesmente estranhas, suas letras ligadas aos filmes B de terror e sua atitude agressiva, irreverente e sarcástica, ajudaram a parir - mesmo que não reconheçam - o
psychobilly, estilo admirado por jovens que queiram ligar três universos distintos que com o disco de estréia ficaram estranhemente próximos: o agressivo punk rock, o alucinado rockabilly e os filmes de horror de gente como H.G. Lewis, George Romero e Tobe Hooper. Gloriosamente culpado pela mistura tão original, os Cramps se especializaram no que eles próprio intitularam como "música malvada para gente malvada". A delinqüência descompromissada dá as caras em faixas como no clássico fanfarrão "Garbageman", o hino "I'm Cramped", além de outras excelentes canções como "Rock on The Moon", "The Mad Daddy" e a cadenciada "Fever". Nem de longe um testemunho de uma época que não volta mais, pois afinal, os zumbis do punk rock continuam por aí até hoje, avessos a estrelatos, grande divulgação da mídia e coisas assim. A essência da pura pauleira underground, cheio de arestas e sem frescuras desnecessárias. Se ferir os tímpanos, não é culpa minha, afinal, "
do you want the real thing or are you just talkin'?"
01. TV Set
02. Rock on The Moon
03. Garbageman
04. I Was a Teenage Werewolf
05. Sunglasses After Dark
06. The Mad Daddy
07. Mystery Plane
08. Zombie Dance
09. What's Behind The Mask
10. Strychnine
11. I'm Cramped
12. Tear It Up
13. Fever
Membros:Lux Interior - Vocal
Poison Ivy Rorschach - Guitarra
Brian Gregory - Guitarra
Nick Knox - Bateria
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Serge Gainsbourg - Jane Birkin & Serge Gainsbourg (1969)
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Serge Gainsbourg - Jane Birkin & Serge Gainsbourg (1969)O que não é segredo para os conhecedores e apreciadores da música do lendário Serge é que presentear alguém com o disco do cantor é correr o risco de provavelmente ser processado por assédio sexual. Ao lado de sua companheira de longa data Jane Birkin - cantora e atriz inglesa reconhecida como a primeira mulher a fazer um nu frontal no cinema no filme "Blow Up" - monsieur Gainsbourg fez da sua vida intensa regada a álcool, música e sexo uma arte refinada como poucas, elevando a música francesa a condição de expressão artística reconhecida. Egresso da geração dos
crooners, o boêmio fez nesse disco a mesma coisa que fez de forma tão original por toda sua carreira: um misto de teclados climáticos, baixo encorpado, guitarras psicodélicas e uma voz excitada cantada com a boca colada no microfone violando tabus de forma deliciosamente pervertida. O gênio cravou em seu primeiro disco com sua mulher a definitiva música de motel, "Je T'aime... Moi non Plus" - em que uma letra pra lá de cheia de desejos carnais é cantada sobre uma música descaradamente erótica em seu ritmo. As vozes dão o tom certo para tamanha composição - rumores dizem que os dois estavam no meio de uma transa enquanto gravavam a música... Também vale destacar a igual ousadia de "L'Anamour" e "69 année érotique", além de faixas não tão carregadas de tensão sexual, como "Sous Le Soleil Exactement", mas ainda com aquele cinismo e cara-de-pau que só Serge tinha e não fazia questão de negar. Birkin está mais charmosa e graciosa que nunca em músicas como a suave "Orang Outan" e a divertida "18-39". Enfim, faça como fizeram Fraz Ferndinand, Placebo, Michael Stipe, Portishead, Beck e este que vos escreve: se dispa de qualquer moralismo, aproveite esta obra-prima e tenha um bom orgasmo... Quero dizer, uma boa audição.
01. Je T'aime... Moi Non Plus
02. L'Anamour
03. Orang Outan
04. Sous Le Soleil Exactement
05. 18-39
06. 69 année érotique
07. Jane B.
08. Elisa
09. Le Canari est sur Le Balcon
10. Les Sucettes
11. Manon
Membros:Serge Gainsbourg - Vocal
Jane Birkin - Vocal
Arthur Greendale - Arranjos
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Violent Femmes - Violent Femmes (1982)
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Violent Femmes - Violent Femmes (1982)Apesar de terem alcançado reconhecimento e notoriedade, os Violent Femmes são um caso clássico de banda que nos dias atuais merecia ser um pouquinho melhor lembrada. Este aqui é seu disco de estréia, e com certeza absoluta uma das melhores estréias que eu já tive oportunidade de ouvir. A banda fazia uma mistura até que esquisita se você só lesse o que eles procuravam fundir - folk, punk, pós-punk, country e o indie rock da época. Mas assim que começamos a ouvir, percebemos que ao contrário do que a velha desconfiança possa fazer por nós, a mistura do Femmes era orgânica, explosiva e funcionava muito bem. "Blister in The Sun" e "Prove My Love" têm seu charme por serem de um paradoxo delicioso - melodias do country, simplicidade e certa agressividade punk, linhas vocais diversas e cativantes e uma linha de baixo pra lá de redondamente perfeita e contagiante. A banda ainda arrisca no new wave experimental de "Gone Daddy Gone" e tem seus momentos mais intimistas e emocionais nas baladas cadenciadas "Confessions" e "To The Kill". Acima de tudo, uma banda original e com química entre si que não se costuma ouvir todo dia. O debut mostrou ser um disco tão bom que acabou jogando uma sombra sobre os outros discos - o que é uma pena, pois potencial a banda tinha de sobra. Mesmo não tendo feito sucesso em sua época, em dez anos o álbum alcançou disco de platina. Mas bem, se ainda existem dúvidas, não existe outro caminho senão baixar - e me fazer companhia no grupo de "poucos porém loucos".
01. Blister In The Sun
02. Kiss Off
03. Please Do Not Go
04. Add It Up
05. Confessions
06. Prove My Love
07. Promise
08. To The Kill
09. Gone Daddy Gone
10. Good Felling
Membros:Gordon Gano - Vocal, guitarra
Brian Ritche - Baixo, multi-instrumentista
Victor de Lorenzo - Bateria
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Leonard Cohen - Songs of Love and Hate (1971)
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Leonard Cohen - Songs of Love and Hate (1971)
Canadense
, poeta, novelista, compositor e cantor. Ele é tudo isso e isso ainda é pouco para defini-lo. Cohen desde o início mostrou que em qualquer meio que possa explorar, ele sempre será um dos mais poderosos e sensíveis artistas que já pisaram no nosso velho planeta. Facilmente um dos cinco melhores letristas do rock ao lado de figuras como Bob Dylan, Tom Waits e Lou Reed, ele construiu uma carreira de poucos discos se comparada a de seus companheiros, mas também rechada de obras-primas. "Songs Of Love and Hate" foi seu terceiro disco, e sua maior obra-prima musicalmente falando; costurou algumas das melhores letras já escritas com algumas das melodias mais melancólicas já compostas. Sim, melancólicas - mesmo não sendo um hippie em matéria de otimismo, esse álbum carrega em sentimentos intensos e pesados com versos extremamente pessoais, claramente influenciado pela intensidade folk de Bob Dylan mesclada aos climas sombrios do Velvet Underground e os momentos mais depressivos da carreira solo de Nico. Logo na música de abertura, "Avalanche", carregada de uma sessão de cordas grave e intimidante, ele já se descreve como um corcunda deformado pela própria culpa. Quando tenta imprimir mais ritmo em "Diamonds in The Mine", é apenas para contar, irônico, que acabaram as uvas, os chocolates, as cartas, e sobrou apenas uma mina vazia e apática. "Last Year's Man" tem tamanha ambientação póstuma que fica difícil acreditar que o compositor esteja vivo até os dias atuais. É, Cohen é um poeta de dor, amor, ódio, tristeza e morte. E que poeta.
01. Avalanche
02. Last Year's Man
03. Dress Rehearsal Rag
04. Diamonds In The Mine
05. Love Calls You By Your Name
06. Famous Blue Raincoat
07. Sing Another Song, Boys
08. Joan Of Arc
Membros:Leonard Cohen - Vocal, violão
Ron Cornelius - Violão e guitarra
Charlie Daniels - Violão, baixo, violino
Elkin "Bubba" Fowler - Violão, banjo, baixo
Bob Johnston - Piano
Corlynn Hanney e Susan Mussmano - Backing vocal
The Corona Academy, London - Coral infantil
Michael Sahl - Sessão de cordas
Paul Buckmaster - Sessão de cordas, arranjador e condutor da sessão de sopro
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